Performance, vídeo arte, objetos, fotografias e aquarelas, 2010-2020. Inspirada em uma gravura de Francisco Goya, onde se lê: “Para que las niñas casquivanas tengan asiento no hay mejor cosa que ponérselo en la cabeza”.
“Já temos assento” grita por outros significados para a gravura de Goya. As mulheres têm buscado seus assentos, tem lutado por seu lugar na sociedade. Um jogo de equilíbrio, uma dança, onde um pequeno vacilo pode derrubar o almejado assento. Nossas saias, símbolo de feminino no ocidente, se transformam em um véu, ou manto, que encobre nossas ações. A performance ainda coloca a questão: Quando cabeças podem estar assentadas? Faz referência a nossa ancestralidade e as religiões de matizes africanas, onde nossa espiritualidade ganha forma através dos assentamentos do candomblé.
Estranha figura assentada atravessa a cidade em busca de um assentamento para sua arte preta, feminina, marginal.